30/06/2011

[Arte] Dennis Hopper Fotógrafo.

"Eu era invisível praticamente. Para um ator pode ser complicado, mas para um fotógrafo é excelente".
Dannis Hopper


Dannis Hopper é conhecido pelas inesquecíveis atuações em filmes como Veludo Azul, Sem Destino e Apocalypse Now. Apesar de suas atuações marcantes, existe uma outra faceta do ator pouco conhecida.


Num dia qualquer de meados dos anos 1970, Walter Hopps, curador de Arte do Século 20 do Instituto Smithsonian e grande mentor da cena artística underground de Los Angeles, pegou um amigo de fé e rumou para Taos, Novo México, com a missão de salvar Dennis Hopper do destino que já derrubara Al Capone: o imposto de renda.


O resto da história está no prefácio de Dennis Hopper, Photographs 1961-1967, o livro lançado pela Taschen, reunindo uma parte substancial da coleção resgatada nos idos dos anos 70. Depois da morte de Hopps, em 2005, o também amigo de Dennis Hopper, Tony Shafrazi finalizou a curadoria do material.




Quando Dennis Hopper apareceu em Hollywood, em meados dos anos 1950, ele era uma espécie de agregado da turma de James Dean, seu ídolo e mentor. Foi em 1954, depois de responder um anúncio para o teste de "jovens com visual moderno", Hopper implacou uma estreia notável: como um dos motoqueiros da turma de James Dean em Rebel Without a Cause. Mas em 1955, contratado para o filme From Hell to Texas, Hopper bateu de frente com o veterano diretor Henry Hathaway, recusando-se a seguir suas instruções ou sequer falar com ele, colocando o ator na "lista negra" da rígida hierarquia do set de filmagem.



Depois de ir a Nova York durante cinco anos, Dennis Hopper volta a Los Angeles e nem o casamento com a filha de produtor Brooke Hayward conseguiu atenuar a hostilidade da indústria com ele. Hopper compensava o ostrasismo com fotografia, bebida e LSD.


O livro documenta imagens do final do exílio dos sets de filmagens e também uma interessante visão de uma Los Angeles de amplas ruas vazias. Grande parte das fotos documenta os amigos de Hopper da cena de artistas como Roy Lichenstein, Andy Warhol, e outros nomes. Há também uma série de retratos da cena musical da época, "todo mundo se conhecia" diz Hopper, "éramos todos amigos uns dos outros, era a mesma cena".


Para alguém que vivia num permanente estado alterado de percepção, as fotos de Hopper exibem impressionante rigor formal, um olho perfeito para o enquadramento.


"Espiritualmente, talvez sejamos a geração mais criativa dos últimos 19 séculos", Hopper disse em uma entrevista para a revista Life, em 1970. O ator faz parte da Geração Sexo, Drogas e Rock'n'Roll, que salvou hollywood, entre nomes como Scorsese e Coppola.

Com o poder da objetiva, está congelado o momento de ouro de Dennis Hopper, a história na retina de seus olhos.



Créditos: florense inverno

Mariá






27/06/2011

[Cinema/Arte] Pôsteres poloneses.

A arte gráfica é forte e tradicional na Polônia, sendo que seu expoente mais conhecido é a chamada Escola Polonesa de Pôsteres. Entre os anos 40 e 80, período em que o país foi comunista, os filmes lançados na Polônia raramente eram divulgados com seus pôsteres originais, eles eram criados por artistas locais.
Em geral, essas artes eram surrealistas, metafóricas e sem o apelo comercial do mundo capitalista. Os pôsteres "vendiam" sensações e conceitos, não rostos famosos.
Com o fim do comunismo no país, os pôsteres de estética americana invadiram o mercado polonês, e a Escola Polonesa de Pôsteres virou coisa do passado. No entanto, muitos artistas do país continuam adaptando os cartazes estrangeiros ao seu olhar peculiar, mas esses trabalhos não vão para as paredes dos cinemas; em vez disso, são vendidos como arte.
Abaixo alguns exemplos curiosos de cartazes que anunciaram filmes na Polônia:
Um Corpo que Cai
Uma Secretária de Futuro
Um Morto Muito Louco
Tootsie
Quando Fala o Coração
Os Desajustados
M, o Vampiro de Dusseldorf
Crepúsculo dos Deuses
Cidade dos Sonhos
Cabaré
Apocalipse Now
A Má Educação
Entre Dois Amores
Império do Sol
Guerra e Paz
Gente Como a Gente
De Olhos Bem Fechados
Dublê de Corpo
A Laranja Mecânica
Chinatown
Bonequinha de Luxo
Blade Runner

(via FreakShowBusiness)
Mariá

19/06/2011

[Moda] SPFW Primavera/Verão 2012.

A semana de moda de São Paulo veio com tudo. As modelos vendadas de Fause Haten roubaram a cena e a atriz Sônia Braga, além de Ashton Kutcher e o top andrógino Andrej Pejic marcaram presença no evento.
O C&O, como sempre, destacou algumas das melhores coleções para o verão 2012:
Tuki Duek
O estilista se inspirou na arte tribal indígena. Branco, limone, preto e laranja estão presentes na cartela de cores. Plástico reciclado sobrepõe vestidos e o látex também aparece. Para complementar os looks, paetês formam braceletes imitando a pintura corporal dos índios.
Reinaldo Lourenço
É pura sofisticação e luxo na passarela. Destaque para a transparência e a silhueta que tem foco no colo feminino. O couro também promete funcionar muito bem nesse verão.
Alexandre Herchcovitch (fem)
Verão com clima de romance. Tons de bege e nude conversam com outros tons claros. Peças ultradelicadas e bordados compondo florais.
Cavalera
A marca trouxe o México para as passarelas, com referências a magnífica Frida Kahlo e a diversas celebrações do país. Peças multicoloridas, batas amplas, calças boca-de-sino, vestidos curtos e transparentes e estampas florais.
Osklen
Um tributo a estética negra. Oskar Metsavaht trouxe peças amplas, com formas simples e puras. Tecidos rústicos e alguns leves, como a seda. Tons de roxo, vermelho e verde entre branco, preto e dourado.
Colcci
Com Ashton Kutcher e Alessandra Ambrósio, as estrelas da marca, a Colcci volta aos anos 70 e traz pantalonas, cintura alta, boca de sino, jaquetas curtinhas e cores quentes. No final, branco total.
Alexandre Herchcovitch (masc)
Bolsos, zíperes e sobreposições foram os destaques. As cores são marrons, verdes, laranjas e vermelhos. Um clima jovial e despojado para todas as idades. No casting, o top andrógino Andrej Pejic.
Neon
A Neon não fica de fora da nossa lista, mesclando estampas gráficas, listrado e étnico, com assinatura do artista plástico Rafa Dejota. A cartela de cores é composta por azuis, vermelhos, laranjas, tons de dourado e prateado.
Lino Villaventura
Ao som de Rolling Stones o estilista apresentou uma linda coleção com base em tecidos leves e cuidadosamente trabalhados. Vestidos longos e fluidos dividem espaço com curtos de corte geométrico. No casting, Andrej Pejic desfilou com um look masculino e encerrou com um lindo longo cinza chumbo.
Pedro Lourenço
Em sua estreia no SPFW, Pedro Lourenço comentou look a look o seu trabalho com tecidos, modelagens, acabamento. Estampas tropicais, efeitos magnéticos das peças com zíperes, quando abertas criam dobraduras.
Ronaldo Fraga
Toda a brasilidade da moda de Ronaldo Fraga homenageou os carnavais da década de 1930 com muito preto, branco e cinza. Apostou em listras e poás, calças e saias com shapes, blusas com gola marinheiro e muito tecido transparente.

Linda a coleção do Lino, não é mesmo?
Você pode ver no site da revista ELLE o line up completo. Tem a Glória Coelho, André Lima, FH por Fause Haten, vale a pena dar uma conferida.
E isso aí, até a próxima semana de moda!

Créditos: Elle / Hiperfashion
Fotos: Agência Fotosite
Mariá