27/07/2011

[Cinema] Ménage à Trois.

O nouvelle vague foi o mais importante movimento cinematográfico francês. Representado por nomes como de Jean-Luc Godard, François Truffaut, Claude Chabrol, Alan Resnais, Jacques Rivette e Eric Rohmer.
Mas não é sobre o nouvelle vague que vamos falar por enquanto, e sim sobre uma instituição comportamental estabelecida por esse movimento e como ela se estendeu ao longo dos anos no cinema. Estamos falando do amor a três, o ménage à trois.

Jules e Jim - Uma Mulher para Dois (1962, François Truffaut)
François Truffaut criou um dos maiores clássicos do nouvelle vague. Jules e Jim (Oskar Werner e Henri Serre) são dois amigos que se apaixonam pela mesma mulher Catherine (Jeanne Moreau), que se casa com Jules, mas após um reencontro, se apaixona por Jim.
Uma história encantadora sobre amor e amizade. É uma das obras preferidas de Truffaut que fez o filme para celebrar tudo aquilo que é o amor - a felicidade e o medo, a angústia e a euforia. O filme transpira o espírito libertário e de amor livre que os jovens viviam nos anos 60.

Bande à Part (1964, Jean-Luc Godard)
Um dos maiores nomes do nouvelle vague, Jean-Luc Godard, difere do tradicional e exala frescor e despretensão sem esquecer do experimentalismo.
Dois rapazes, Franz (Sami Frey) e Arthur (Claude Brasseur), tentam convencer uma garota, Odile (Anna Karina), a furtar uma quantia em dinheiro guardada no quarto do patrão, enquanto os três flertam entre si.
Uma Homenagem de Godard aos filmes de gângster que o diretor era apaixonado, sempre rompendo com a ideia de realismo do cinema comercial. Um dos filmes preferidos de Quentin Tarantino e influência fundamental para sua principal obra, Pulp Fiction (1994), que apresenta inúmeras referências que você pode não notar à obra de Godard.

Os Sonhadores (2003, Bernardo Bertolucci)
Matthew (Michael Pitt) é um jovem que, em 1968, vai estudar em Paris. Lá ele conhece os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Os três logo se tornam amigos, dividindo experiências e relacionamentos enquanto Paris vive a efervescência da revolução estudantil.
A Paris em maio de 1968 torna-se palco para um intenso e polêmico "ménage a trois" adolescente bem ao gosto do diretor do famoso O Último Tango em Paris.
Um banquete para os cinéfilos, Bertolucci flerta com temas polêmicos com muito bom gosto e segurança narrativa. Janis Joplin, Bob Dylan, Jimi Hendrix e The Doors embalam impecavelmente a utopia que o mundo sonhava e, nesse filme, Bertolucci realiza.

Vicky Cristina Barcelona (2008, Woody Allen)
Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson), jovens americanas, viajam de férias para Barcelona. Vicky é sensata e está prestes a se casar; Cristina é impulsiva e curte aventuras amorosas. Ao conhecer o sensual pintor Juan Antonio (Javier Bardem) numa galeria, Cristina se sente imediatamente atraída por ele. Seu interesse só aumenta quando fica sabendo que ele tem uma relação intempestiva com a ex-mulher, Maria Elena (Penélope Cruz). Juan convida as duas para um fim-de-semana na montanha, bebendo e fazendo amor. Vicky fica horrorizada, mas Cristina a persuade de entrar na aventura.
Com atuação brilhante do elenco, Woody Allen volta a trabalhar as angústias e inseguranças relacionadas ao sexo e ao amor (como em seu clássico Manhattan) criando uma variação de um verdadeiro emblema do filmes franceses do nouvelle vague, o ménage à trois. Outro destaque está na fotografia de Javier Aguirresarobe.

Canções de Amor (2007, Christophe Honoré)
Ismaël (Louis Garrel) perambula sem direção por Paris. Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet) apressa um pouco seu passo. Já Jeanne (Chiara Mastroianni) é condenada à imobilidade e Alice (Clotilde Hesme) anda ao lado de Ismaël, mas ela resolve se afastar do seu caminho para seguir outra história, agora com o rapaz bretão que acaba de conhecer.
Musical atrevido que promove arrojado estudo da sexualidade jovem no século XXI através do conhecido ménage à trois. O filme chama a atenção por virar uma exceção no panorama atual do gênero. Para a maioria dos críticos, Christophe Honoré é o maior herdeiro do movimento nouvelle vague francês.
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O Brasil também se aventurou na temática, embora não tenha influência do movimento nouvelle vague.
Quem nunca ouviu falar do filme de Bruno Barreto, Dona Flor e Seus Dois Maridos, hein? E ainda tem o divertido Caramuru - A Invenção do Brasil de Guel Arraes e o denso Cidade Baixa de Sérgio Machado.
E você, qual desses é o seu preferido? Quais outros você conhece e acha que deveriam estar na lista? Comente e conte pra gente.

Créditos: Cineplayers e Cine Repórter
Mariah

25/07/2011

[Política Ordinária] Brasil, deu pra ti no Haiti

- ...ora, que interesse um país rico como os EUA teria numa miséria como o Haiti?

- Ora, leitor desavisado, é justamente nos países miseráveis que se pagam salários igualmente miseráveis sem direitos trabalhistas. A fragilidade do Estado e mesmo política e econômica de países como o Haiti, permite que muitas empresas internacionais lá se instalem para explorar mão de obra por um preço MUITO irrisório. O que? delírio de esquerdistas? malditos imperialistas? ...pois é, mas o negócio é sério, tão sério que entrou nos telegramas dos EUA que o Wikileaks vazou. E o que você tem a ver com isso??? Veja bem, desde que você tenha nascido no Brasil e tenha um pingo de sensibilidade frente a exploração da miséria, talvez isso tenha mesmo algo a ver contigo, pelo menos pra você xingar o Bonner e a Fátima quando eles aplaudirem as tropas do Brasil no Haiti...


Jana

23/07/2011

Até Logo Amy! [Extra: Versão Inédita]

Morre aos 27 anos a cantora Amy Winehouse.
Amy foi encontrada morta na sua casa em Londres, segundo a imprensa internacional.
A gente só tem a lamentar a perda dessa musa tão chique e ordinária.
Abaixo, o vídeo do último show dela, em Belgrado na Sérvia, e todo o caos de Amy Winehouse:

No link abaixo você curte a versão maravilhosa da cantora para "Valerie":

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Uma versão inédita da música "Unholy War" da cantora foi divulgada neste domingo por Salaam Remi, amigo e produtor do álbum "Frank" e "Back to Black". Você pode escutar aqui.

R.I.P AMY

17/07/2011

[Arte/Música] Stu Sutcliffe, o beatle esquecido.

Os Beatles são eternos, afinal não tem como esquecer a genialidade de John, Paul, George e Ringo. Para quem não conhece mais profundamente a história do quarteto, saiba quem as coisas mudaram e já existiram outros integrantes que ajudaram a contar a história da banda.
Muito se é discutido sobre quem seria o "quinto beatle". Um dos mais conhecidos é Pete Best, que se juntou a banda em 1959 e saiu em 1962, sendo substituído por Ringo. Há também, os que dizem que o empresário Brian Epstein é o quinto. Porém, nenhum desses antigos integrantes foi tão significativo para a banda quanto Stuart Sutcliffe. O James Dean de Hamburgo. O melhor amigo de John Lennon.
Beatles no palco (Stuart à direita) no Indra Club, Hamburgo, 1960.
Stu e John no palco, Hamburgo 1960-61.
Stuart nasceu em Edimburgo, na Escócia em 23 de junho de 1940. Aos 19 anos foi considerado um dos estudantes mais promissores da Liverpool Art College, onde conheceu John Lennon. Stu era a sensação entre as garotas, usava óculos escuros e tinha um jeito mal-humorado e uma certa semelhança com o astro de cinema James Dean. John e Stu passaram muito tempo juntos e longas noites bebendo e compartilhando suas paixões pela arte.
Stu de óculos escuros e seu visual estilo "James Dean"
Stu, auto-retrato, Hamburgo 1961
Stu se mostrou um magnifico artista plástico, mas foi convencido por John a vender uma pintura e comprar um baixo, assim ele poderia fazer parte da banda. A atitude de Stu causou revolta em seus amigos artistas, que não o entendiam. O garoto estava decidido a dedicar-se a banda com a maior seriedade e intensidade possíveis, assim como tinha feito com a pintura - "De qualquer jeito, eles vão ser os maiores. Eu quero ser parte disso", afirmou Stuart.
Beatles no Indra Club, Hamburgo 1960, Stuart e John à esquerda
Stu e John na praia, Hamburgo 1960-61
Na turnê em Hamburgo, Stu foi apresentado a fotógrafa Astrid Kirchherr e rapidamente se apaixonou. Astrid foi a responsável pela icônicas fotos em preto e branco da banda e por uma mudança significativa no estilo de Stu e dos outros integrantes. Quando a turnê acabou, os Beatles voltaram a Liverpool, mas Stuart ficou com Astrid em Hamburgo, onde voltou a estudar arte.
Stu e Astrid
Klaus, Astrid e Stuart no Art College Festival, Hamburgo 1961
No dia 10 de abril de 1962, Stu morreu em decorrência de uma hemorragia cerebral, devido a fortes dores de cabeça. Anos atrás, Stu tinha levado uma surra nas ruas de Liverpool após um show, foi chutado na cabeça e recusou-se a deixar a mãe chamar um médico. Ironicamente, um dia após sua morte, os Beatles chegariam a Hamburgo para uma nova turnê.
Stu e John no palco, Hamburgo 1960
À esquerda, Stu na praia em Hamburgo. À direita, foto feita por Astrid em 1960-61
Stu era lindo, não é mesmo? Mas era um artista extraordinário também, abaixo você confere algumas de suas obras:
Para conferir mais sobre o trabalho se Stu, além de fotos e artefatos pessoais basta acessar o site oficial do ex-beatle: www.stuartsutcliffeart.com
Mariah

12/07/2011

[Mobile] Pop Art nas suas mãos!

O Andy Warhol Museum e a Universidade Carnegie Mellon (Carnegie Mellon University) Pittsburgh, Pensilvânia - lançaram um aplicativo para IPhone, Ipod Touch e Ipad. O aplicativo recebeu o nome de D.I.Y. POP Art nele você pode com a ponta dos dedos criar vários tipos de pinturas fazendo seu próprio estilo Warhol, se você não gosta da pop art, agora tente fazer melhor que isso com esse app.
O aplicativo está a vendo no App Store da Apple e está com um preço promocional de lançamento disponível por US$0,99.
E ainda o Warhol Museun pode exibir sua obra-prima:
Basta você compartilhar a sua arte a partir do aplicativo, na opção hashtags. A competição vai começar em 11 de Julho, os vencedores selecionados terão sua obra exposta por 15 dias no museu.
Se Theodor Adorno visse isso com certeza ele ia ter um enfarto do miocárdio catastrófico...

Para mais informações acesse o site oficial e abaixo confira o vídeo de divulgação do aplicativo:

Caco

[Cinema] Behind the Scene.

Fotos feitas no intervalo de alguns dos mais famosos filmes da história do cinema (via Imgur)

O Iluminado
Um auto retrato de Stanley Kubrick com sua filha, Jack Nicholson desfocado e a tripulação no set de O Iluminado.

Metrópolis
No set de Metrópolis de Fritz Lang - a atriz dentro do robô Maria tomando fôlego.

Star Wars Episódio V - O Império Contra-Ataca
O Império Contra-Ataca - filmando o Crawl.

Juventude Transviada
James Dean, Natalie Wood e o diretor Nicholas Ray.

Vila Sésamo

Réquiem Para um Sonho
Jennifer Connelly presa à SnorriCam.

The Gate - O Portal
Efeito especial do set gigante.

Os Pássaros
Tippi Hedren com Hitchcock.

Rio Bravo - Onde Começa o Inferno
Hawks e Angie Dickinson.

Alien: O Oitavo Passageiro

Os Caça-Fantasmas II
Marshmallow Man.

Superman
Superman parece voar pelo set.

Mothra - A Deusa Selvagem
O diretor de efeitos especiais Tsuburaya Eiji

Dr. Fantástico
Sellers e Kubrick.

Operação França
No carro de Gene Heckmen, antes de uma das maiores cenas de perseguição de carro da história do cinema.

Tron - Uma Odisseia Eletrônica
David Warner e Bruce Boxleitner brincando com o traje.

The Howling - Grito de Horror

Nosferatu
Só Max Schreck descansava assim.

Fausto

O Poderoso Chefão
Buracos de bala.

Maratona da Morte
Hoffman e Olivier.

King Kong

2001 - Uma Odisseia no Espaço
Na espaçonave de 2001.

Mariah