Quando se fala em cinema francês a primeira coisa que nos vem à cabeça é o movimento criado por volta de 1960 pelas mãos de diversos cineastas (Resnais, Truffaut, Chabrol, entre outros) dispostos a mudar a visão de cinema conhecida até então, o Nouvelle Vague.
Jean-Luc Godard é um dos principais nome do cinema francês, com seus filmes polêmicos e estilo anárquico foi capaz de criar a obra prima do movimento, o filme que melhor representa a liberdade do Nouvelle Vague, Pierrot, Le Fou (1965), O Demônio das Onze Horas, resume o espírito dos jovens cineastas da época. A perfeição da idéia e a genialidade de Godard fazem do filme um verdadeiro espetáculo da liberdade cinematográfica.
Pierrot, Le Fou é uma homenagem ao cinema. A liberdade e experimentação de Godard nos permitem ver a relação do cinema com diversos ramos das artes, como literatura, música, entre outras. Sem falar nas belíssimas atuações das duas pérolas do Nouvelle Vague, Jean-Paul Belmondo e Anna Karina.
O crítico Carlos Alberto Mattos analisa alguns elementos: “Um filme de diálogos. Pierrot (ok, Ferdinand) e Marianne. Cultura pop e cultura erudita. Velasquez e Samuel Fuller. Cinema clássico e cinema de invenção. Filme e vida. Um completa o outro, assim como os protagonistas vão completando reciprocamente suas falas, como se ambos pertencessem a uma só unidade de pensamento”.
O filme é um marco para o cinema e principalmente uma das melhores e mais “acessíveis” obras de Godard. Uma verdadeira obra de arte. E com as palavras do crítico Carlos Alberto Mattos que eu encerro: “Pierrot le Fou é a mais querida esfinge da Nouvelle Vague. Talvez o amemos tanto não por sua inteligência - isto existe de sobra em todo filme de Godard -, mas pela emoção e a beleza que a embalam”.
2 comentários:
meu filme preferido do Godard
Godard sempre gênio
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