Nascido Guy Louis Banarès, em 2 de Dezembro de 1928, na rua Popincourt em Paris. Foi abandonado pela mãe no ano seguinte e adotado por Désiré Maurice Bourdin, tornando-se apenas Guy Bourdin, um dos mais conhecidos fotógrafos de moda e publicidade da segunda metade do século XX.
Cresceu em uma época de intenso anseio cultural, provocada pela incerteza e perturbações da ocupação francesa e o sequente desafio para a racionalidade humana, tipificado por filosofias de existencialismo.
Foi servindo na Força Aérea Francesa que recebeu sua primeira formação em fotografia e fez sua primeira exposição de desenhos e pinturas em 1950. Em 1952, fez sua primeira exposição fotográfica.
Guy Bourdin foi um inovado criador de imagens que teve uma influência de profundo impacto na moda. Seus editoriais de moda e publicidade foram publicados na Vogue francesa, principalmente na década de 1950 até o final de 1980, mas foi em 1970 que ele se destacou.
Sua inspirarão inicial foi o surrealismo, especificamente o trabalho de Man Ray (fotografo e pintor dada) que foi um como um mestre pra ele, cuja visão surrealista tinha reconfigurado noções do que a fotografia poderia ser.
A arte de Bourdin, feita sem a câmera, foi apreciada com um modesto sucesso em exposições na França e em Nova Iorque, mas foi com a câmera fotográfica que chegou a Vogue, em 1954.
Na Vogue francesa, o fotógrafo exigiu, e lhe foi permitido, o controle editorial completo, isso se estendeu também ao seu principal cliente publicitário, a empresa de calçados Charles Jourdan.
As fotografias de Guy Bourdin e de contemporâneos como Helmut Newton, provam que a publicidade não precisa ser a elaboração de uma fantasia. Bourdin enfatizou o fetichismo, as relações de poder, o potencial para violência sexual, bem como a artificialidade da imagem. O seu brilho ao ínves da sua realidade.
O sucesso de Bourdin está em expor a artificialidade das imagens de moda, tornando-se um mainstream das revistas de circulação em massa. Preservou sua imagem e recusou-se a explicar sua arte de forma clara e nítida. Isso reside de sua capacidade de intrigar e perturbar.
Você pode conferir o trabalho de fotógrafo no livro Exhibit A, de seu filho Samuel Bourdin. Trabalhando com o diretor criativo Fernando Delgado, Samuel conseguiu reunir um panorama das melhores imagens do legado de seu pai. Acompanhadas de um prefácio do crítico Luc Sante e um ensaio biográfico de Michel Guerrin, crítico fotográfico de Le Monde.
Pra quem gosta de moda, o trabalho de Guy Bourdin é uma forma de aprecia-la também como uma arte.
Créditos: Show Studio
Por: Mariah